Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]

PORTAL DO AUTOMÓVEL

"Portal do Automóvel" é dirigido ao grande público e tem como actividade principal a realização de ensaios a veículos de diferentes marcas e a divulgação de notícias sobre novos modelos ou versões.

PORTAL DO AUTOMÓVEL

"Portal do Automóvel" é dirigido ao grande público e tem como actividade principal a realização de ensaios a veículos de diferentes marcas e a divulgação de notícias sobre novos modelos ou versões.

Sex | 06.07.07

Suzuki SX4 1.6 DDiS

Mais poupado!






FAZ UM ANO que o SX 4 está presente no nosso mercado e, se a sua implantação não foi fácil por dispor apenas de uma motorização a gasolina, a chegada de uma económica versão a gasóleo pode representar um importante incentivo dentro deste nicho de mercado tão específico. Como referi aquando do ensaio ao bloco 1.5/100 cv, este carro é fruto da cooperação com o Grupo Fiat, que fornece alguns dos motores e comercializa uma versão própria como Fiat Sedici. Não é o caso de qualquer dos blocos disponíveis por enquanto em Portugal, aliás, o importador nacional comercializa apenas, por razões óbvias de menor carga fiscal, as cilindradas mais baixas que equipam este produto fabricado nas instalações que a marca japonesa dispõe na Hungria. À venda entre nós está também e apenas a versão de duas rodas motrizes, embora exista uma outra de tracção integral que, diga-se em abono da verdade, está mais de acordo com todo o espírito que a imagem exterior do SX4 sugere.


O QUE NÃO DEIXA de causar uma certa pena, por dois motivos: primeiro por se tratar, de entre os demais SUV utilitários que já conduzi, o mais divertido e eficaz; por outro lado, porque a Suzuki é verdadeiramente eficiente na concepção de sistemas de tracção integral, fruto de toda a experiência acumulada na construção de pequenos «jipes». Só que, realmente, dada a pouca frequência de estradas com neve ou com o piso gelado no nosso país, os modelos comercializados servem para os fins propostos.
Em breve deverá chegar aos mercados uma versão sedan (três volumes), naturalmente mais espaçosa e com vocação vincadamente familiar.

E UM DESSES propósitos pode muito bem ser, simplesmente, ultrapassar as cada vez mais frequentes «armadilhas urbanas», buracos e outros desníveis, andar com duas rodas por cima do passeio simplesmente porque alguém se lembrou de deixar um carro estacionado ou em «segunda-fila», etc, etc; o que o torna, pela sua robustez e elevação, no tipo de utilitário urbano que tantos portugueses, mais do que desejar... necessitariam!

BRINCADEIRA à parte, torna-se evidente que o estilo também conta e o SX4 é tremendamente sedutor. A sua maior altura em relação ao solo e as protecções da carroçaria — também aqui existem, noutros mercados, protecções e anteparas exteriores diferentes, em Portugal está apenas disponível a imagem mais «radical», designada «OutDoor Line» —, conferem-lhe um visual que apela ao dinamismo, à evasão e à aventura, no seu jeito de SUV compacto e desportivo que recorda algumas das fluídas formas do Swift. Já interiormente a inspiração parece ter sido menos inovadora e semelhante a outros modelos da marca, ainda que o resultado não deixe de ser engraçado. A profusão de plásticos ressente-se um pouco quando se transita em mau piso, não existem muitos pequenos espaços, mas a disposição e funcionamento dos comandos é a mais correcta, tal como a posição de condução que oferece excelente visibilidade.

NO QUE ao desempenho diz respeito, o reforço do chassis e da suspensão, não lhe perturbam tanto o comportamento quanto o maior ângulo de gravidade o poderia sugerir. Uma maior firmeza da suspensão ajuda a atenuar o efeito adornante em curva e garante-lhe a necessária segurança, sem penalizar grandemente o conforto. Embora, esse difícil equilíbrio não seja plenamente conseguido fora de estrada, quando se trilham caminhos firmes mas irregulares, onde tende a ter reacções mais «secas».

ESTE MOTOR de origem Peugeot poderá permitir ao prático e engraçado SX4 outro tipo de aceitação em Portugal. Associado a uma caixa de cinco velocidades, um tanto longa nas primeiras relações e a obrigar a «subir» além das 2000 rpm quando se deseja animar o conjunto, proporciona ainda assim uma condução descontraída e económica em cidade. Não sendo a variante mais potente deste bloco, os 90 cv são ainda assim o bastante para que se desembarace de forma expedita, e em estrada os consumos são realmente uma excelente surpresa. Já a insonorização merecia ter sido alvo de um pouco mais de atenção.



— 0 —

PREÇO, desde 22 000 euros MOTOR, 1560 cc, 90 cv às 4000 rpm, 16 V, 215 Nm às 1750 rpm, injecção directa common rail PRESTAÇÔES, 175 km/h CONSUMOS, 6,4/4,6/5,3 l (cidade/estrada/misto) EMISSÕES POLUENTES 139 g/km de CO2


— 0 —




COMO JÁ DISSE, esta versão vem juntar-se ao 1.5 a gasolina há um ano à venda em Portugal. Há uma diferença de cerca de 4000 euros entre os dois modelos, mas, quando olhamos ao equipamento de ambas as versões percebe-se que na realidade essa desigualdade é ainda maior, com prejuízo do 1.6 DDiS que possui menos equipamento de série. Contempla apenas os airbags duplos frontais (os laterais e de cortina dianteiros fazem parte do 1.5), ABS com auxílio a travagens de emergência, ar condicionado (automático no 1.5), vidros dianteiros e retrovisores eléctricos, fecho centralizado com telecomando, visor de informação (relógio + temperatura exterior + consumo de combustível instantâneo), rádio/CD com comandos no volante, banco do condutor com regulação em altura, barras de tejadilho e jogo completo de saias aerodinâmicas, frisos laterais e protecções frontais e traseiras, faróis de nevoeiro e jantes de alumínio 16'' com pneus 205/60.

Resultado dos testes de colisão EuroNcap (2006):

http://www.euroncap.com/tests/suzuki_sx4_2006/252.aspx

5 comentários

Comentar post